
Do nós já nada resta.
Apesar de ainda te amar, já não consigo mais ouvir-te falar de projectos que nunca terão asas para voar - porque as cortas; já não tenho paciência para os pedidos de desculpa, para os falsos sentimentos, para a tua cobardia e estupidez…
Culpo-me, não pelo que dizes, mas por me ter enamorado por ti. Como é que me fui encontrar com a cor dos teus olhos quando existem tantas cores por aí? Porque me fui apaixonar pelo brilho dos teus sorrisos, se existem milhares de estrelas no céu? Sim, culpo-me por te amar… Atribuo, a mim, a culpa de tudo isto. Tenho-a porque te amo demais e porque te perdoei erros imperdoáveis. Se o que sinto por ti não fosse tão forte, não ter-te-ia dado, sempre, mais uma oportunidade...
Assumiste o primeiro lugar - antes ocupado por um ser tão ou mais complicado – quando o meu nome, na tua lista de amores, não aparece sequer em último lugar!
Acabou, para sempre! Digo-o com toda a certeza…
Não sei como vou ficar sem ti, porque nunca te tive verdadeiramente. Sempre foste demasiado instável para te entregares. Sempre fizeste da vida um trapézio, no qual não posso acompanhar-te - para além do medo incontrolável de alturas, preciso de estabilidade e de rotinas…
Inicio, assim, um novo parágrafo sem a pronúncia do nós. Não subsistem mais sentimentos em comum, existe apenas a minha história e a tua história. Aquela que era nossa, ficou perdida num tempo sem tempo, numa outra existência paralela onde me davas espaço para sonhar. E eu sonhava.
A tua deixa termina por aqui, vais sair do palco sem direito a aplausos. O enredo girará apenas à minha volta e tu não passarás de um mero figurante de quem o publico não guardará, sequer, memórias…
Contigo percebi que sou a personagem principal!
se és a personagem principal, é óptimo *
ResponderEliminarGostei :)
Que texto ^^
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