11 de setembro de 2010

11 de Setembro

Perdoem-me o egoísmo mas hoje, ao contrário de todos, não irei falar das torres gémeas, nem dos milhares de mortes que ocorreram há nove anos atrás. Hoje, meu Carlos, vou falar de ti.
Foi há exactamente dois anos atrás que te disse adeus, o último e derradeiro adeus. E apesar do que possam dizer, o passar do tempo não nos faz esquecer aqueles que tanto amámos. Sim, porque eu amei-te. Amei-te como se ama um amigo, amei-te ao sabor da amizade e da união constante. Amei as tuas virtudes e até os teus defeitos e vícios. Amei as tuas rastas e o teu sorriso. Se amei...
E hoje, depois de dois anos de imensa saudade, continuo a sentir falta das tuas palavras, do teu carinho, dos teus abraços... E sei que vou continuar a sentir a tua falta enquanto respirar, enquanto viver.
De certo, muitos não entenderão o que nos unia, o que tanto nos ligava. E queres saber? Eu também não entendo... Nem faço qualquer esforço para entender. Nunca foi preciso. Bastava olhar os teus olhos claros e percebia que não importava de que matéria era feita a nossa amizade: ela existia e era mais forte do que tudo!
Vivi contigo momentos únicos e irrepetíveis. Aprendi contigo coisas que só a Vida nos ensina. Ri até doer a barriga e chorei até não ter mais lágrimas. Tu estavas lá sempre. Mesmo longe, sabia que bastava enviar-te uma mensagem - coisas tecnológicas de que não gostavas nem um pouco - para ter as tuas palavras a confortar-me. E perdi a contas às noites em que contávamos estrelas em frente à casa do nosso Curi, em que me mostravas constelações que eu nunca aprendia, em que nos divertiamos como perdidos...
Sinto tanto a tua falta...

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