ontem mostraste-te sem receios. deste-te a descobrir, sem medo do que poderia pensar. ri com as tuas histórias e chorei com os teus medos. sim, chorei.. diante de ti contive as lágrimas, chorei tudo sozinha, no escuro do meu quarto.
ontem percebi porque tens tanto medo, porque te escondes por trás desse sorriso que mostras a toda a gente.
riste-te com os meus devaneios e com as minhas confissões de uma manhã atribulada, passada nos corredores de um hospital. calaste as minhas dores e afagaste-me os medos de uma cara que não era a minha.
pediste mil desculpas quando me magoaste ao tocar na minha mão, ainda dorida, pelas curas que me impingiram. encorajaste-me a continuar, agora que as minhas forças se esgotaram e já não sei onde ir buscar mais.
e soube-me tão bem o teu abraço, sob a chuva miudinha que teimou em prender-nos na escadaria do teatro. melhor, soube-me bem a tua companhia.
sou eu quem tem de agradecer-te o café, só eu...
p.s. e agora, quando lá fora o termómetro marca temperaturas muito desagradáveis, vou tomar mais um chá quente... não quero voltar ao susto de ontem de manhã, aos 34,5º graus que não me faziam tremer.
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