E ontem, a forma exaltada como falei com a minha mãe, quando disse que existia mais uma teoria para explicar a tua morte, fez com que falasse com o meu pai. O que me irrita é que as pessoas, que nada sabem, inventem histórias e sem baseiem em factos que não sabem ser verdadeiros, em chamadas que poderão nunca ter existido, em dores que não as delas... Foi só por isso que me revoltei: porque estou farta que nos andem sempre a pôr mãos abertas dentro de feridas que não sabem, sequer, que o objectivo delas é sarar.
Assim, ao que parece, dia dezassete terei a minha primeira consulta num psicólogo. Vou apenas para os acalmar: a mim, não vai fazer grande diferença.
Só me poderia ajudar, verdadeiramente, se me beliscasse, forte ao ponto de deixar-me um hematoma, e eu de repente acordasse e percebesse que os as últimas semanas não passaram de um pesadelo... Aí, a primeira coisa que faria, era correr para ti: estivesses tu perto, ou na china, e pedir-te desculpa por ter estado ausente. Dizer-te que não vale a pena nada disto e que tive saudades, muitas saudades, do meu primo que me apertava, num abraço gigante, enquanto perguntava 'Então coração, estás boa?' ... Que tive saudades de estar protegida, contigo por perto. Quer quando faziam trovões que pareciam levar o tecto a desabar, quer quando o teu irmão - sempre mais traquina e rebelde - resolvia correr atrás de mim, 'miúda pequena', com lagartos, aranhas e grilos na mão.A única condição que impus foi que fosse eu a escolher o psicólogo: peguei na lista que me derem e escolhi a Drª Marta Alegria... Talvez porque alegria seja aquilo que mais preciso.
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