à minha maneira,

Preciso de escrever - já não sei há quanto não sentia esta vontade incontrolável de expressar por palavras aquilo que sinto.

Sinto, mais do que nunca, a necessidade de falar. O Curi queixa-se que lhe estou a ligar/mandar mensagem a todas as horas. Acho que preciso de esvaziar todos os pensamentos, preciso de respirar as palavras dos outros, tudo para me esquecer do que magoa...

Quando dou por mim - naquele excesso de tempo livre - estou a recordar imagens do passado, olho para trás. Faz parte, bem o sei, mas custa estar sempre a voltar, inconscientemente, lá atrás, a momentos que não voltarão mais.

Será que, tal como eu, também te questionaste como seriam as noites de insónias - já sem as nossas conversas -, te perguntaste sobre quem esboçaria sorrisos ao som das tuas piadas, preenchedo o rosto com um do tamanho do mundo?

Às vezes não gosto daquilo em que me tornaste. Quando eu olho para aqueles dias, para aqueles sítios que percorri, eu percebo que eles hoje não têm o mesmo brilho, não tenho a mesma facilidade em percorre-los, e que tu sem dúvida que me fazes falta.

A atenção que me deste, a maneira com que conseguiste fazer que eu te amasse... Não te quero ter, não agora, não amanhã, nem depois. Sofri demasiado por ti...

Lutei, à minha maneira, mas lutei. Sempre tive o teu apoio para seguir os teus passos, mas nunca me seguraste de novo a mão. Chorei, gritei, magoei-me tanto contigo.

Anseio que não tenha passado de um amor de adolescente, de quando o coração ainda é tão pequenino e se magoa com tudo e com nada.

Tenho medo que o mundo não brilhe da maneira que tu o sabias fazer brilhar.