sempre, ou muitas vezes, me disseram que tudo muda, tudo acaba.
eu sempre discordei, sempre disse que só acaba quando nós deixamos; que, tal como o início de nos depende, também o final teremos que ser nós a delinear. eu, durante muito tempo, vi o copo meio cheio.
hoje, desisto dos contos de fadas e dou-te razão. sim, a ti que me disseste que até o que parece eterno, acaba.
sei que muitos podem querer que continue para sempre, mas não adiantam esforços se não forem mútuos, não adianta querer continuar com alguém que encontrou um novo porto, um novo ombro.
chama-me pessimista, diz que estou a ver tudo mal, que sou egoísta e mal-resolvida, alega que fazes muito para que não te sinta a falta. a verdade, a nua e crua como me habituei a dizer, é que a sinto.
já nada é igual, já nada é como era antes, em que parecia inquebrável.
sei, tão bem, que o passado ainda te balança o coração quando te passa diante dos olhos, sei que queres ter a estabilidade que não te souberam dar aqueles a quem entregaste o coração de bandeja, sei que ainda sofres por dentro mas continuas essa luta: em que tentas ser feliz com o que te apareceu!
não te condeno, mas sinto-te a falta.
sê feliz. eu vou estar no sítio de sempre, caso te apeteça voltar.
às vezes o nosso erro é mesmo isso. estamos sempre lá quando lhes apetece voltar. quando resolvem partir, também estamos lá e sofremos com isso
ResponderEliminarTexto tão lindo, como adoro as tuas palavras.
ResponderEliminarE tu também vais ser feliz Joaninha, força :')
é verdade, era bom que fosse eterno, que durasse tanto como dura a vida mas na realidade tudo tem um fim :/
ResponderEliminara tua ultima frase fez me lembrar a música "the man who can't be moved"
Isabel:
ResponderEliminarObrigada pelo elogio. Sabes que é mútuo. :)
E hei-de ser feliz um dia, mais do que já sou...
té,
eu, por mais que viva, hei-de sempre voltar ao mesmo. hei-de sempre insistir em ser um porto de abrigo para aqueles que, um dia, partiram sem se preocuparem comigo, que me largaram a mão mesmo sabendo que temo de morte a solidão. no fundo, hei-de ser sempre um saco de pancada e fingirei não me importar.
maria,
às vezes os fins são necessários, o que custa é aceitá-los.
agora que falas nisso, faz-me mesmo lembrar essa música. e, só por isso, vou ouví-la porque já não o faço há imenso tempo :)
Beijinhos minhas queridas *