Com o passar do tempo, a tua presença vai-se tornando mais nítida, está cada vez mais presente na minha memória. Antes nem ligava à forma pouco comum como andas, muito direito e com o braço a balançar, para encurtares a distância no mais curto espaço de tempo. O encolher de ombros tão carecterístico, quando não sabes se continuamos com isto ou não, fazem agora parte de mim, desenhados a lápis, com traço carregado.
Raramente consigo prever as tuas palavras - eu que sempre me habituei a pessoas previsíveis - e isso agrada-me, gosto do toque da ponta dos teus dedos que ilumina, milimetro a milimetro, a minha pele. Sei-te de cor a curva das sobrancelhas, quando te faço pensar; conheço as pequenas rugas que se alojam nos cantos dos teus olhos quando os fechas para me cantares as tuas cantigas de embalar que denunciam o entusiasmo e a entrega.
Raramente consigo prever as tuas palavras - eu que sempre me habituei a pessoas previsíveis - e isso agrada-me, gosto do toque da ponta dos teus dedos que ilumina, milimetro a milimetro, a minha pele. Sei-te de cor a curva das sobrancelhas, quando te faço pensar; conheço as pequenas rugas que se alojam nos cantos dos teus olhos quando os fechas para me cantares as tuas cantigas de embalar que denunciam o entusiasmo e a entrega.
Não estranhes tudo isto. Não me julgues obsessiva. Limito-me a recordar a precisão das tuas medidas e formas, a coreografia incerta e expressiva dos teus gestos. Limito-me a recordar cada traço teu, nesta ausência que me destrói aos poucos, que me faz olhar o relógio a cada minuto para perceber que já faltou mais para estarmos juntos, eu e tu, outra vez...
Sinto falta do aroma doce do teu perfume, da desordem propositada do teu cabelo, da rouquidão da tua voz... da tua forma de ser que me liberta e me eleva, que me faz feliz! Saudades tuas tontinho...
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