Ontem senti que precisava mesmo de falar, sentia necessidade de desabafar e deitar cá para fora tudo o que me atormentava.
Liguei ao Curi, sei que ele tem sempre tempo - e paciência - para as minhas conversas.
Ele, no seu tom calmo, com a sua voz rouca, disse-me:
"Explica-lhe que numa relação as pessoas têm de dar e receber, têm de fazer opções, e se ele não estiver disposto a isso, caso ele te esteja apenas a roubar pedacinhos para ver no que dá, então não vale a pena.
Não assumas já que ele quer ver o que dá, porque pode não querer. Há pessoas que não conseguem cuidar tão bem do coração dos outros como tu cuidas, portanto ele pode estar apenas numa fase. Tu foste-te adaptando ao seu carácter complicado e ambíguo, agora apenas te faltaram forças.
Mas não tenhas medo, tu és tão forte, não tenhas medo.
Liga-lhe, diz-lhe tudo o que tens para dizer e logo se verá. Por favor, não deixes que ele faça de ti a culpada."
Sinto que me compreendes tão bem meu Curi... Acho que, na realidade, és o único que conhece o meu verdadeiro eu, este que criei para colmatar faltas do passado. Estiveste sempre presente, antes e depois, e por isso, nem todos os Obrigadas do mundo seriam suficientes.
Não arranjarei nunca, forma de te retribuir todo o apoio, todas as conversas, até aquelas chamadas inesperadas enquanto aguardo, impaciente, o regresso a casa - não sabes como gosto delas.
Obrigada meu bem, por tudo.
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