A minha cabeça está a doer... E o coração também!

O sono esmaga-me os olhos e os pensamentos misturam-se em cores inexistentes. . .

Hoje escrevo para ti, como nunca o fiz. Hoje, falo sem rodeios e falsas esperanças. Sei que não existes. Não, não existes meu amor.

Aquele que amava anda perdido, não sei porque ruas estreitas e escuras, sei apenas que já não mora em ti.

A chama, fraca por sinal, que ainda resistia, apagou-se ontem. Virou fumo quando me acusaste de algo que não fiz. Como é que pudeste?

Não me perguntem o que te disse pela última vez porque eu não sei. Para continuar, a rotina diária que me enfada, tive que premir o delete, remédio para coração destroçado.

Agora já não desejo que me ligues para dizer que pensas em mim - como tantas vezes fizeste. Não voltaria a repetir aquela frase - se não posso pedir que fiques, peço que me leves contigo - dita em tempos, em dias em que o nosso "amor" parecia ser mais forte do que qualquer espécie de aço.

Há coisas que nunca mudam. Tantas vezes o meu olhar se prende no vazio, tantas vezes me encho de memórias - não importa a hora ou o lugar. Relembro-nos e a saudade escorre pela face.

Ninguém conhece a nossa história melhor que nós mesmos. A sabedoria de outros resigna-se apenas a palpites e opiniões, mais ou menos certeiros.

Queres saber qual é a realidade? É de, talvez, sermos felizes - mas jamais juntos. Não encontrarei uma borracha que consiga apagar a nossa história, ficará guardada na memória - essa traiçoeira que me permite acumular todos os achaques que causaste ao meu coração.

O meu coração não dorme, não descansa, nem se atreve a pestanejar.

E o que mais me custa é ter-te perdido.. Para Sempre.