Questiono-me se daqui a uns anos me lembrarei de ti ou até se ainda te conheço. Irei pensar em ti como alguém que nunca teve uma descrição, uma palavra que te caracterize. És apenas alguém.
Isto, que um dia tivémos, é uma mão cheia de nada. Resistem apenas recordações pouco nítidas e claras. Está tão gasto como a calçada da baixa da cidade, tão sujo como as botas do velho agricultor, que trabalha a terra em busca de sustento.
Isto, que um dia tivémos, é uma mão cheia de nada. Resistem apenas recordações pouco nítidas e claras. Está tão gasto como a calçada da baixa da cidade, tão sujo como as botas do velho agricultor, que trabalha a terra em busca de sustento.
Ao olhar para o passado, já não vislumbro a lua, já não a vejo brilhar à noite. Pegaste nela e guardaste-a no bolso das calças, como se tivesses o direito de a tirar do meu céu, como se dela fosses dono e senhor.
Sei porque me tiraste a lua... Sabes que sem ela não poderei descobrir novas músicas, não puderá o meu coração en(cantar)-se. Não me queres para ti, mas não me queres perder.
Podia pedir-te que me devolvesses a lua, mas não será necessário.
Guardaste-a, por azar, no único bloso roto das calças - sempre foste tão distráido... Eu recuperei-a sem que percebesses!
Guardaste-a, por azar, no único bloso roto das calças - sempre foste tão distráido... Eu recuperei-a sem que percebesses!
Não brilha como antes, mas brilha...
Uma palavra? PERFEITO!
ResponderEliminarO final está lindo, lindo! Adorei, mesmo!
"Guardaste-a, por azar, no único bolso roto das calças - sempre foste tão distraído... Eu recuperei-a sem que percebesses!"