Ontem fui visitar-te. Levei três das tuas flores preferidas, por serem três as semanas de ausência. Foi impossível conter as lágrimas embora saiba que, no meu lugar, terias colocado um sorriso - não pela ausência mas por todos os momentos bons que a antecederam, momentos inúmeros nos meus 21 anos de vida.
Fico preocupada com a tua mãe. Disse-me que achava estar a ter um pesadelo e que, por mais que tentasse, não havia meio de acordar. E o teu pai, aquela eterna fonte de alegria e bom humor, a única pessoa que mesmo com lágrimas nos olhos, consegue ter um sorriso nos lábios, andava a precisar de tempo para ele, tempo para chorar e gritar sozinho... Porque sozinho não tem ninguém a quem dar força. Disse-me que, por casa, tem de ser de ferro e procurar força nem sabe onde: porque a tua mãe precisa e o teu irmão, que não consegue passar um dia sem ir à tua campa, desmorona se não o apoiarem.
E eu que sempre fui parecida contigo - menos na capacidade de interagir com crianças - lá tento provocar-lhes um sorriso. Se não o consigo fazer recorrendo ao presente, relembro histórias tuas, de quando éramos crianças. . . E aí consigo aliviá-los um bocado, porque se lembram do excelente ser humano que eram e isso acalma-lhes um bocadinho o coração.
As saudades aumentaram no 32, a tua idade e a tua última morada.
Até Sempre.
Joaninha, querida, sinto muito pelo que te está a acontecer. Se precisares de falar, de distrair, conta comigo =)
ResponderEliminarbeijinho e muita, muita força**
Sim querida...eu escrevi o meu post antes de ver estes teus posts.
ResponderEliminarAinda não aconteceu nada em concreto, são só palavras que não acredito que se concretizem.
Espero que consigas encontrar paz e clareza neste momento. Tu e a tua família. Quando alguém tão jovem morre é difícil, mas acredito que, com o tempo, consigam alcançar essa paz com a vida. Chorem, gritem, perguntem porquê e acima de tudo deem tempo ao luto. Mais uma vez, muita força é o que desejo.