17 de julho de 2018

seis anos de ausência

Andava a sentir falta de algo e, no meio da azáfama dos últimos dias, tive hoje tempo de olhar para o calendário. 
Percebi o porque deste peso, neste dia. Já passaram seis anos e a dor não diminui. Esquece-se um bocadinho talvez, mas continua a dilacerar o peito com a mesma intensidade. 
Fazem hoje seis anos em que te abracei pela última vez e te ouvi, estranhamente passados tantos anos, a chamares-me coração. Para a última vez que te vi, já deitado naquele caixão, faltam poucos dias. Faltam estes dias de festa que se aproximam e com os quais tanto vibravas. 
Nunca tinha passado esta data nesta cidade, onde tudo aconteceu. E não sei se será possível lidar com tudo isto, tão perto. 
Começam já a chegar, começam a ouvir-se as primeiras motas... Se fosses vivo, garantidamente já terias voltado a Portugal para não perderes pitada daquela que era, para ti, a melhor semana de todo o ano.
Gostava de conseguir pisar aquele recinto, de conhecer um bocadinho daquilo que te fazia tão feliz. Desculpa por não ter forças para o fazer, apesar de até ter companhia e conseguir convites.. Desculpa mas não consigo celebrar aquilo que te levou de nós. 

Daqui a seis dias, será o quinto ano em que não vou conseguir ligar a televisão para ver as notícias. Por medo de voltar a sentir o coração a sair-me do peito e por querer, por força, manter o chão debaixo dos pés. 

As saudades são tantas primo e as respostas continuam a não aparecer... 
Até sempre Coração. 

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